Zero Teorema/ A dança da Realidade

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Há tempos venho pensando nas possíveis ressonâncias e dissonâncias de “ A dança da realidade” Jodorowsky e “ Zero Teorema” do Terry Gilliam. Pensamentos me consumiram desde que assisti ambos. Por suas ideias fantásticas, visionárias. Um bastante poético, outro mais Sci-fi, no entanto se observarmos com cuidado, conseguimos perceber que ambos possuem as duas características.

Um excêntrio gênio da computação, imerso numa crise existencial. Vítima de toda sorte de angústias e tormentas, Qohen Leth interpretado magistralmente por Cristopher Waltz  busca solucionar o sentido da Existência.

Em um mundo “ paralelo” surrealista, cheio de poesia Jodorowsky reconta a história de sua infância. Acompanhamos a luta do menino que vira homem em meio ‘a um cenário repleto de ilusões, fantasias que se misturam com a realidade e talvez não seja intenção do diretor mesmo que separemos realidade de fantasia.

Dois personagens que buscam um sentido pra vida, atormentados pela demanda existencial, caminham em busca de uma libertação da alma e da mente. Puros por assim dizer, ingênuos em  suas essências, expostos ‘a dor e ao amor seguem seus rumos cibernético-realista deixando pra nós uma esperança em meio ao caos. Futuro e passado representados lindamente por esses dois grandes diretores.

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Por Ana Carolina Grether

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"Temos necessidade de alternativa" (Zizek)
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2 respostas para Zero Teorema/ A dança da Realidade

  1. Oi, Carol

    Muito boas as ligações que tu fez entre esses filmes aparentemente tão diferentes.

    O mais legal é constatar mesmo que os dois protagonistas, próximos por conta da inquietação existencial – como você bem disse – lidam com suas realidades de maneiras que podem soar muito distintas num primeiro momento, mas em que em ambos os casos se apresentam como sintomas de uma necessidade de buscar, seja no passado ou no futuro, algo que confira um pouco mais de sentido ao ser presente.

    Beijos

    • Bianca Siqueira disse:

      Exatamente, Marcelo! O sentido está no presente e não em projeções , programações, planejamentos que inscrevem o ser no espetáculo da vida sem “coração” (sentido)! Não vi Jodorowsky, Carol… Quero ver, pois diferentemente do piegas, do sentimentalismo , da babaquice o que sentimos e percebemos é tudo nesta VIDA! Obrigada pela lembrança …
      bjs

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